Os profissionais do Pronto-Socorro (PS) de Rio Branco receberam na manhã desta terça-feira, 16, uma dose tripla de conforto para os corações, pois três pacientes que tiveram Covid-19 receberam altas médicas consecutivas, e puderam registrar seus nomes nas folhas da árvore da vida – um gesto simbólico para uma momento tão especial – criada pelos funcionários da unidade.
O primeiro a comemorar a vitória junto aos profissionais foi o médico Adauto dos Santos, de 48 anos, que também é da linha de frente à Covid-19. “A gente nunca se imagina na condição de paciente, então, eu vi como a gente fica fragilizado e o quanto somos dependentes dos cuidados dos próprios colegas. E o mais mágico é que, mesmo com aqueles que não conhecíamos, acabamos estabelecendo um vínculo para o resto da vida”, relatou Adauto.
Palavra amiga e gratidão
Adauto passou seis dias na unidade de terapia intensiva (UTI) do PS, no quarto andar. Segundo o ex-paciente, a gratidão cultivada pelos profissionais que cuidaram dele em um momento tão delicado sempre será lembrada.
“Eu nunca vou me esquecer de cada rostinho dos técnicos de enfermagem que foram fazer a medicação, dos técnicos de laboratório que foram coletar meus exames, cada médico, fisioterapeutas, nutricionistas e a equipe de limpeza e que aqui acolá também auxiliavam, prestando uma palavra amiga”, pontuou Adauto.
“Vencer a Covid-19 com uma equipe como a do quarto andar do PS não foi tão difícil. São pessoas que se dedicam ao trabalho. Fiquei muito feliz”, comemorou Adauto, que continuará o tratamento em casa.
“É melhor ficar em casa do que numa UTI”
“É melhor ficar em casa do que numa UTI”. A frase foi da segunda paciente a receber alta médica da UTI. Sabrina Gondim, de 42 anos, entrou na UTI no dia 11 de fevereiro. “A dor que a gente sente é pior do que ficar um pouco mais em casa, ou abrir mão de uma caminhada no parque. Uma máscara de oxigênio incomoda muito mais”, relatou.
Emocionada, a paciente relembra que muitos que estiveram na UTI não conseguiram voltar para casa. “Então, fique em casa, quem puder. É melhor do que estar aqui”, enfatizou.
Vitória
Aos 66 anos, a paciente Maria José Maio, que possui comorbidades, deu entrada na UTI no último dia 14. A filha conta que é um momento de muita felicidade. “Foi um desespero total nas nossas vidas, mas, graças a Deus, ela está bem e Ele nos deu a vitória”, comemorou a filha, Darcilene Barros.