A Polícia Militar do Acre (PMAC) realizou no final da tarde desta quinta-feira, 19, no Batalhão de Operações Especiais, a solenidade de encerramento do 1º Curso de Cinotecnia. No total, 38 agentes da segurança pública concluíram o curso e estão capacitados para a atuação com cães no serviço policial.
A capacitação, que durou cerca de 50 dias, teve como instrutores policiais da Companhia de Policiamento com Cães da PMAC (CPCães) e também de outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, todos com alto nível de conhecimento na área.
“Ficamos felizes com a integração com as outras forças de segurança, já que tivemos alunos da Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros e Polícia Penal, o que certamente ajudará as forças a atuarem juntas no combate a criminalidade. Gostaria de agradecer ao governador do Acre, que não pôde estar presente, mas sempre apoiou a PM e, por isso, concluímos cursos como este”, destacou o comandante-geral da PMAC, coronel Paulo César Gomes.
Os primeiros cinotécnicos formados no Estado – 27 integrantes da PMAC, quatro do Corpo de Bombeiros Militar do Acre, quatro policiais penais, dois policiais rodoviários federais e um policial militar da PM do Mato Groso do Sul – obtiveram conhecimentos teóricos e práticos acerca do trabalho com cães, desde a sua formação, cuidados básicos e aplicação no serviço policial militar.
Teoria Cinófila, Psicologia Canina, Noções de Medicina Veterinária, Noções de Faro, Manejo Técnico de Filhotes, Adestramento Básico e Princípios de Sobrevivência foram algumas das disciplinas ministradas, com carga horária total de 435 horas/aula.
“Aos novos cachorreiros, um abraço de toda a coordenação. Que vocês sejam felizes nas unidades de vocês. Levem na cabeça e no coração o aprendizado repassado aos senhores. Gostaria de dizer que o batalhão está de portas abertas para todos vocês”, frisou o comandante do Bope, tenente-coronel Flávio Inácio, que aproveitou a oportunidade para homenagear seis policiais que na década de 90 foram os pioneiros a trabalharem com cães no Acre, juntamente com os coronéis da Reserva Remunerada Américo Gaia e Jordão Melo.
A solenidade contou com a presença do Secretário de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), coronel Paulo Cézar do Santos, do representante da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), coronel da reserva remunerada da PMAC, Américo Gaia, e várias outras autoridades civis e militares, além da Banda de Música da PMAC, a Furiosa, amigos e familiares dos formandos.
Companhia de Policiamento com Cães
A modalidade de policiamento com cães chegou à PMAC em 2004, com a formação, à época, dos soldados Rock e Pedralino em Cinotecnia, na Polícia Militar do estado de São Paulo. Nesse período, dois cães da raça rotweiller, “Máximus” e “Negão”, foram treinados na modalidade de guarda e proteção, sendo posteriormente utilizados em outras operações, entre elas em presídios. Na época, os cães eram particulares e não havia estrutura para mantê-los no quartel.
No ano de 2006, a cadela “Una” foi incorporada ao efetivo, doada à Companhia de Operações Especiais (COE) pelo comandante da especializada na época, o capitão PM Gaia. Com a criação da CPCães, iniciaram-se, de fato, as ações especializadas com o uso de cão policial. A partir daí foram construídas baias, o que possibilitou a permanência e o treinamento de cães exclusivamente nas instalações do quartel.
Atualmente, a Companhia conta com quatorze cães, sendo três adultos, treinados em faro de armas e narcóticos, e onze filhotes ainda em treinamento. A unidade atua em uma gama de missões onde seja viável a utilização de cães policiais, entre elas faro de entorpecentes e armas, busca e captura de foragidos, intervenção em estabelecimentos prisionais e policiamento em eventos.