Marcos Vinícius, aluno do terceiro ano da Escola Flodoardo Cabral, palco da edição 2019 da Mostra Viver Ciência em Cruzeiro do sul, estava admirado. Ele nunca tinha visto uma fita cassete, tampouco sabia para que servia. Ele, muito menos, sabia a relação entre esta e uma caneta comum.
A fita cassete é, na verdade, apenas um dos dezenas de objetos que estão expostos no Museu Tecnológico pela Diretoria de Inovação da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE). Há muito mais. O que não falta são “novidades” para a juventude, acostumada apenas com smartfones e tablets.
No museu, entre as peças mais antigas expostas, está um ferro de passar roupas (ou de engomar), que possui, pelo menos, uns 70 anos de existência. Telefones antigos, daqueles que ainda se discava para falar com alguém, long plays (LPs), máquinas de escrever e até disquetes de computador completam a coleção.
Apesar de toda a sua admiração, ele não resistiu. Sentou em uma cadeira e passou a manusear uma máquina de escrever antiga que ainda funcionava. “Estou achando tudo isso aqui muito interessante, tem muitas coisas aqui que estou vendo pela primeira vez”, conta.
Mas ele não está sozinho nessa jornada de descobertas do “museu de grandes novidades”. Ruan Douglas, do segundo ano do ensino médio da Flodoardo Cabral, sentiu espanto semelhante. “Tem muita coisa que eu nunca vi, mas fazem a gente enxergar como era a tecnologia do passado”, conta.
A tecnologia do passado, na verdade, nem é tão antiga assim. Alguns objetos não têm mais de 30 anos, como as primeiras versões dos telefones celulares, os tais “tijolões”, e as máquinas digitais de tirar fotografia, já consideradas ultrapassadas, bem como versões antigas de computadores.
Quanto à fita cassete, quem tem mais de 40 anos a utilizou bastante, fazendo gravações, principalmente musicais. Já sua relação com a caneta comum é porque esta era utilizada para rebobinar quando a fita magnética soltava. Em resumo, conhecimento para alguns e saudosismo para outros.