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Vizinhança Solidária é aposta para os bairros de Rio Branco – Noticias do Acre
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Vizinhança Solidária é aposta para os bairros de Rio Branco

A polícia visita periodicamente as famílias nos bairros (Foto: Diego Gurgel)
A polícia visita periodicamente as famílias nos bairros (Foto: Diego Gurgel)

Com o objetivo de integrar a comunidade nos assuntos que envolvem a segurança pública, a Polícia Militar do Acre deu início ao projeto Vizinhança Solidária nos bairros Cerâmica e Baixada da Habitasa, em Rio Branco. Desde abril deste ano, os moradores foram incentivados a cuidar uns dos outros e os resultados já são satisfatórios.

Segundo informações da comandante do primeiro batalhão da PM, coronel Socorro, o projeto foi implantado inicialmente na primeira regional e servirá como piloto para os demais bairros e batalhões. Até a execução da ideia, foram necessários vários encontros com os moradores, palestras, instruções e um acompanhamento semanal por parte dos profissionais envolvidos.

O projeto prevê que qualquer movimento suspeito na rua seja indagado entre os moradores por meio de telefonemas. Luzes acesas em horários impróprios à rotina do vizinho, portão aberto quando se sabe que o dono da residência está viajando, carro estacionado por muito tempo na rua, entre outros ocorridos, são alguns dos exemplos que o treinamento realizado pela PM aborda.

Em última instância, todos os vizinhos dão início ao “apitaço”, para inibir a astúcia de infratores. Normalmente, uma comunicação direta é mantida de quatro em quatro casas. De acordo com o capitão Edenêr, os vizinhos precisam conhecer a rotina uns dos outros para poderem ser prestativos quando identificarem alguma movimentação suspeita.

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Em que consiste a Vizinhança Solidária

A Polícia Militar em parceria com igrejas, escolas e associações de moradores dos bairros, faz o cadastramento da comunidade. Uma vez inseridos no projeto, os moradores são ensinados a adotar medidas preventivas, além de serem orientados como procederem com suas rotinas.

A união faz a força

A vizinhança reunida fala das mudanças no bairro Cerâmica, depois do projeto (Foto: Diego Gurgel)
A vizinhança reunida fala das mudanças no bairro Cerâmica, depois do projeto (Foto: Diego Gurgel)

Adotar a prática da polícia comunitária pode não parecer fácil, mas torna-se mais simples quando todos tomam consciência de suas responsabilidades individuais e coletivas, para cuidar de um interesse geral: a segurança. Para tanto, o primeiro passo é promover a integração dos vizinhos até que se estabeleçam laços de confiança.

Quem nunca passou pela situação de ter pertences roubados da própria residência e mesmo assim os vizinhos não comentarem que viram com medo de retaliações? Trata-se de uma problemática comum na maioria dos bairros que apresentam incidência de crimes desse tipo. Não contentes com a possibilidade de não poder contar com a solidariedade do vizinho, os moradores do bairro Cerâmica abraçaram a ideia da Vizinhança Solidária. A união deles é prova de que vale a pena continuar apostando em iniciativas como esta.

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Francisco Modesto é um dos moradores satisfeitos com os resultados (Foto: Diego Gurgel)

Recentemente, a polícia conseguiu impedir um assalto a um estabelecimento comercial no bairro, com a mobilização dos moradores. Assim que perceberam a ação dos infratores, mantiveram contato uns com os outros por ligações e a polícia enviou imediatamente duas viaturas para o local. O caso foi solucionado sem nenhum prejuízo ao proprietário. “A gente tem uma boa comunicação com todos os vizinhos, quando todos se ajudam a polícia consegue agir mais rápido e isso tem sido muito bom pra gente, é um projeto que tem que crescer mais”, afirmou o comerciante Alberto de Souza.

Everaldo Clemente foi o primeiro a ser acionado pelos vizinhos e sentiu-se feliz por ter contribuído com o trabalho da polícia. “Tudo fica mais fácil quando a gente tem o telefone dos vizinhos e pode contar com a solidariedade de todos, porque quando o ladrão sabe que existe esse cuidado entre si, ele se sente intimidado para atuar”, comenta.

Periodicamente, os moradores do bairro se reúnem e a PM segue fazendo o monitoramento do projeto. “Agora já estamos mais atentos a tudo e conseguimos evitar transtornos”, confirmou Francisco Modesto.


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