O secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Glenilson Figueiredo, recebeu o novo gestor do Projeto Pesca Sustentável do WWF-Brasil, Moacir Araújo.
A atividade é desenvolvida pelo WWF-Brasil em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o governo do Estado, por meio da Seaprof.
Os resultados do trabalho realizado nas comunidades que fazem o manejo do pirarucu começam a aparecer e a gerar renda aos produtores rurais.
No ano passado, na região de Feijó, onde o projeto é desenvolvido, foram comercializadas 1,5 toneladas, resultado da pesca de 18 pirarucus, no período de junho a agosto.
Em seis comunidades do município, são 16 manejadores da espécie, que em 2015 tiveram um aumento em torno de R$ 900 na renda familiar com a comercialização do pirarucu.
Um dado importante do projeto é que toda a comunidade é beneficiada. Os valores arrecadados com o que é comercializado são divididos da seguinte forma: 65% para os manejadores, 20% para a comunidade onde fica o lago manejado e 15% para a colônia de pescadores de Feijó.
Durante a reunião, também foi discutida a resolução dos últimos entraves burocráticos para que o pirarucu manejado de Feijó seja um dos alimentos consumidos pelos mais de 10 mil atletas de 206 países que vão disputar as Olímpiadas do Rio de Janeiro em agosto deste ano.
“Estamos resolvendo as últimas pendências. Ter o pirarucu sendo uma das carnes consumidas durante o maior evento esportivo do mundo vai proporcionar uma grande visibilidade ao nosso projeto”, afirma Araújo.
Cartilha sobre manejo do pirarucu em língua indígena
Neste próximo fim de semana, será realizado na Terra Indígena Praia do Carapanã, em Tarauacá, o lançamento de uma cartilha bilíngue (português-Kaxinawá) com o objetivo de orientar o povo Huni Kuin/Kaxinawá sobre as práticas corretas do manejo do pirarucu.
A publicação se destaca pelos desenhos que foram elaborados pelos próprios indígenas da comunidade, onde o Projeto de Pesca Sustentável começa a ser implantado nos lagos da terra indígena.
“Este é um programa muito importante realizado pelo WWF com o nosso apoio. Estamos felizes com os resultados e queremos ampliar a parceria para poder garantir a sustentabilidade da pesca. Um exemplo desse sucesso é que o número de pirarucus nos lagos aumentou em 50% no último ano”, explica Glenilson Figueiredo.